Capítulo 6

- IVÃÃÃ ? ! ? ! – ouvi meu nome sendo chamado ao longe – SARAAAH ! ? ! ? – Parecia a voz de Charlie. Logo em seguida a de Thomas repetiu o mesmo chamado.
- AQUI ! ! ! – gritei para eles e Sarah se juntou a mim.
Logo ouvimos o barulho dos cacos e das folhas e galhos quebrando se aproximar. Que alívio! Das trevas em que nos encontrávamos de repente a cabeça negra do cavalo Lança surgiu como um fantasma sólido entre as velhas árvores, de suas narinas saia o vapor de sua respiração.
- Oh, desgraça! – exclamou Thomas que conduzia o cavalo – Eles também estão perdidos! Isso não é o final da floresta!
- Vocês sabem o caminho de volta? – perguntou Charlie por detrás dele esperançoso.
- Eu gostaria de saber... – respondeu Sarah depressivamente.
Resolvemos virar os cavalos na direção onde tínhamos vindo e posemo-nos a percorrer por entre a vegetação hostil. Agora os galhos pontudos nos incomodavam mais e o som dos animais nos alarmava, estávamos tensos, com frio e com medo.
Passamos lá o que nos pareceu uma eternidade desconfortável e sinistra, sempre seguindo em frente, por vezes cutucando os cavalos com os calcanhares para que eles não parassem ou seguissem a diante forçados entre as grossas cascas de salgueiros, carvalhos e outras árvores de grande porte, por vezes o pensamento de que jamais acharíamos a saída me assolou. Percebemos que o caminho que tínhamos tomado estava errado, mas a aquele ponto, tentar voltar seria um erro, então continuamos a seguir em frente, parecia termos ido ao coração da floresta, nenhum outro lugar eu evitaria tanto quanto aquele. Lembro de minha mente vazia, de não conseguir pensar em nada, concentrada naquele nada que era a escuridão a minha frente, meus pensamentos tinham se tornado parte da escuridão, a única coisa que eu sabia era que devia seguir em frente.
Em certo lugar as árvores davam espaço ao que nos pareceu uma singela trilha entre as árvores, se não estivesse tão escuro eu mesmo teria descido para examinar, mas nada me tiraria de cima daquele cavalo àquela hora, muito menos naquele lugar. Viramos os cavalos em direção a trilha e deixamos que eles nos guiassem por ela, talvez seus extintos fossem mais aguçados que os nossos, meros semi-adultos aventureiros e tolos. As árvores ficaram mais finas e espaçadas conforme andamos, a floresta estava chegando ao fim, agora restava-nos saber onde ela ia acabar.

Estávamos numa larga estrada de terra. Finalmente ar fresco! Foi o que consegui pensar. E me espreguicei respirando a atmosfera fresca com cheiro de capim. As minhas costas, Sarah perguntou onde estávamos, nenhum de nós sabia a resposta. Estávamos numa estrada larga, a lua nos deixava ver um pouco da terra batida e pedras no chão, na outra margem conseguíamos enxergar um campo de capim negro e azulado que se balançava ao vento. Era algo belo.
- Tem uma casa ali à diante. Da pra ver uma luz ali. Talvez ainda estejam acordados. Podemos parar e perguntar onde estamos.
- Caro Thomas, acha que não iriam desconfiar? Um grupo de rapazes com uma garota? É melhor não. – comecei.
- Eu vou. – disse Charlie – Sabem... Sozinho. Depois eu volto com informações. Serei apenas um andarilho perdido à procura da cidade mais próxima, então eles não devem desconfiar. Da aldeia poderemos nos guiar de volta.
Assentimos. Aproximamos-nos devagar em nossas montarias num passo lento e ritmado, o que nos pareceu uma casa agora víamos que era um castelete de pedras cinzas-claras, foi quando ouvimos gritos enfurecidos saindo de lá. Havia uma discutição entre um homem e uma mulher, ambos gritavam descontrolados em um cômodo do primeiro andar. Da janela encortinada víamos suas sombras andarem de um lado para o outro numa dança frenética, nos aproximamos até que os urros começaram a ficar entendíveis.
- EU NÃO QUERO MAIS ESPERAR!!! – gritava o homem descontrolado.
- VOCÊ ACHA QUE EU QUERO??? VOCÊ DEVERIA ME AGRADECER POR TER CONSEGUIDO UMA. SABE O QUANTO É DIFÍCIL? DEVIA SABER O QUANTO TEM SORTE!
- SORTE??? SORTE POR TER NASCIDO NESSE REINO IMUNDO AMALDIÇOADO POR DEUS???
- SORTE POR EU LHE TER CONSEGUIDO UMA NOIVA. DEUS SABE QUANDO EU CONSEGUIREI UMA PARA O SEU IRMÃO. QUE ELE NÃO ME OUÇA, MAS ESTA, VOCÊ SABE QUE DEVERIA SER DELE!
- EU NÃO TENHO CULPA DA MINHA TER DESAPARECIDO!
A discutição abrandou um pouco. Aquilo estava nos intrigando. Sarah estava aterrorizada. Foi então que eu percebi, aquela deveria ser a casa dos Kyout e o homem estupidamente grosso, o candidato a noivo dela.
- QUERO ESSE CASAMENTO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! – recomeçou o homem com rispidez.
- VOCÊ ACHA QUE EU TAMBÉM NÃO QUERO?
- Quando vou vê-la. – ele se acalmou e com cuidado arriscamos chegar mais perto.
- Amanhã. Aquela velha vaca Coppais quer nos “entrevistar”, mas não se preocupe é certo que nós ganharemos. Somos os mais nobres da região. Agora, há, fico me perguntando quem ela pensa que é! Como se aquela estúpida fosse capaz de avaliar alguém, isso é só para me dar dores de cabeça. Se seu pai não estivesse tão longe ela não se atreveria!
- Qual é mesmo o nome dela?
- Da sua noiva?
- É! ESSA VADIA MESMO.
- Sarah.
Senti Sarah que fincou as unhas em mim soluçando e chorando – Vamos embora. – Ela pediu num esforço. E fomos.

Chegamos em casa em alguns minutos de marcha, foi fácil descobrir o caminho depois de descobrir onde estávamos. Sarah não cessava o choro. Eu também me sentia abatido, um pouco por ela, um pouco por mim mesmo. O futuro nos aguardava mais cedo do que esperávamos e não era nenhum pouco agradável.
Levamos Sarah novamente para o telhado enquanto Thomas desarreava os cavalos. Sarah tinha parado de chorar e entrara num silêncio absoluto e infeliz. Enquanto Charlie retirava as telhas eu a observava em seu sofrimento sem saber o que fazer ou dizer. Seu belo rosto claro marcado pelas lágrimas secas, o vapor de sua respiração subindo ao céu, seu olhar, doloroso olhar sem esperanças. Quando Charlie terminou de abrir o rombo no telhado ele se virou para Sarah e a segurou pelos ombros encarando-a e falou com um tom sério.
- Não deixaremos que nada de ruim aconteça com você. Está entendendo?
Ela o olhou e jogou seu corpo abraçando-o com força e ele a sussurrava no ouvido incessantemente. Nada de ruim vai acontecer a você... Nada de ruim vai acontecer a você... Nada de ruim vai acontecer a você...
Por um instante ele me olhou, eu me sentia um estranho vendo os dois, ao mesmo tempo sentia ciúmes, me culpei por esse sentimento tão egoísta naquela hora, mas era verdade, queria interromper aquele abraço, mas ele estendeu o braço para que eu me juntasse a eles e ficamos os três abraçados no telhado sob as estrelas. Sentindo o calor uns dos outros naquela noite triste e fria.
- Nenhum de nós vai deixar isso acontecer. – eu disse.
- Nenhum de nós. – repetiu Charlie – Nem o abobalhado do Thomas lá embaixo.
Sentimos as bochechas de Sarah que sorriu e depois nós a abaixamos de volta ao quarto onde ela apoiou com leveza os pés sobre a cadeira tripé em cima da cama. E antes que a última taboa fosse posta no lugar Charlie tornou a falar.
- Nada de ruim vai acontecer a você. É uma promessa.

O resto da noite foi curto, não demorou muito a amanhecer. Deitei-me sobre as peles que eram minha cama e fiquei pensando até adormecer. Acordamos exaustos ao som da voz de Alfie que mandava todos saírem da cama, senti que não tinha dormido nem ao menos 20 minutos, cambaleamos para descer as escadas e chegar à cozinha, onde tomaríamos o desjejum. Demos pela falta da Sra. Coppais, confirmamos depois que ela estava arrumando a sala de visitas no segundo andar para receber os Kyout.
Sarah surgiu acompanhada da Sra. Coppais enquanto almoçávamos naquele mesmo dia. Estava usando um de seus melhores vestidos, de cor vinho com detalhes em branco e vermelho, estava deslumbrante. Passou por nós sem nos olhar, mas jogou-nos um bilhete que pedimos a Thomas que lesse.
- Eles chegarão depois do almoço. Sala de visitas, segundo andar. – Thomas leu.
- Só isso? – perguntei
- É. O que escrevemos em resposta?
- Escreva... – começou Charlie – Escreva assim: Estaremos com você. Se ficar com medo olhe para cima.
Thomas começou a escrever e eu fiquei encarregado de lhe entregar. A Senhora Coppais estava almoçando com Sarah no fundo do salão, numa mesa de madeira quatro lugares.
- Olá Sra. Coppais. – disse eu me aproximando com meu melhor sorriso amigável, fico imaginando agora como aquilo devia soar falso, ainda mais pela minha cara de sono, se eu fosse julgar por Charlie e Thomas saberia que estava com as piores olheiras imagináveis.
- O que você quer? Não vê que eu estou ocupada? – respondeu-me ela sem olhar para mim.
- Queria saber quais são minhas tarefas de hoje. – menti e passei o bilhete para Sarah que começou a lê-lo disfarçadamente por debaixo da mesa. Como ela poderia estar tão bela depois de uma noite como aquela? Eu me perguntei por um instante esquecendo da Senhora Coppais – A senhora não nos deu nenhuma hoje de manhã.
- Se eu não mandei fazerem nada, então não façam nada. – disse ela com rispidez. – Agora vá.
Comecei a me retirar quando ela me chamou novamente.
- Ivã! – disse ela quando eu já tinha me dado por salvo - Tive uma idéia melhor, diga a todos que cuidem da horta e animais nos fundos da casa e não apareçam aqui até que eu vá chamá-los. Não quero uma alma por aqui.
Acenei em concordância e voltei. Dirigindo-me aos garotos dispostos tagarelas pelas mesas, informei-lhes do trabalho para a tarde. Houveram alguns murmúrios descontentes dos meninos ao saberem que aquele não era um simples dia de folga e todos continuaram a comer. Virei-me então para meus comparsas sussurrando.
- Ao telhado?
Eles confirmaram.
- Ao telhado!

Retiramos algumas telhas com a ajuda do martelo antes que houvessem pessoas na sala abaixo de nós e as ajeitamos para que deixassem um vão por onde pudéssemos olhar, a sala era quadrada e com grandes janelas de grossas cortinas cinza-claro, tinha algumas poltronas de estofado marrom, um grande tapete retangular no centro que combinava com as poltronas e alguns adornos espalhados pelos cantos sobre as mesinhas, como vasos e flores que a Sra. Coppais devia ter posto pela manhã.
Logo a Senhora Coppais chegou trazendo Sarah sendo segurada com força pelo braço esquerdo e a jogou numa poltrona, mesmo sendo magra e pequena a Senhora Coppais era deveras muito forte. - É bom você se comportar como uma donzela refinada, mocinha. – disse ela com severidade - Se não nunca mais vai sair daquele quarto, não importa o que o padre Fixar diga! – se virou para sair – Eu volto logo, com o padre, seu noivo e sua nova sogra. Se arrume direito!
Ouvimos o baque da porta se fechado com força. Eu sabia que a Sra. Coppais não era uma má pessoa, mas agora ela me parecia extremamente perversa. Sarah olhou ao redor e em seguida para o teto a nossa procura.
- Psiu!!! – chiou Thomas e moveu sua telha para que ela o visse. Eu e Charlie o imitamos. E assim que Sarah nos viu abriu um melancólico sorriso, sentimos que ela estava desesperada e aflita.
Ouvimos novamente o som da porta rangendo suavemente e nos apreçamos à repor as telhas no lugar. Do ângulo onde estávamos as pessoas se resumiam à cabelos e ombros, raramente víamos os rostos e o primeiro a entrar foi uma figura de cabelos escuros que começavam a mostrar fios grisalhos, cortados de forma que havia um grande circulo careca bem no centro. Era o padre Fixar, ele vinha tagarelando alegremente algo sobre a educação de Sarah.
- Ela é muito prendada, um doce de menina...
Logo atrás dele um grande homem de quase 25 anos, cabelos grandes e loiros amarrados num rabo de cavalo com uma fita azul que combinava com sua roupa cheia de babados e laços, se não o tivessem visto na noite anterior diria que era o homem mais civilizado e educado de todos, uma perfeita Lady. E em seguida o que pareceu sua mãe, não devia ter mais de 40 anos, seus cabelos loiros estavam um bocado grisalhos e presos impecavelmente num coque apertado, ela vestia um elegante traje cinza claro. Por fim vinha a Sra. Coppais, caquética e sem graça misturada aquelas pessoas elegantes, mesmo vestindo uma bonita roupa que fiara para ocasiões assim. Ela fechou a porta atrás de si.
- Deniel também é muito prendado. – gabava-se a mãe – Tem um dom para negócios, puxou isso do pai. E como é educado! E inteligente! Um perfeito cavalheiro.
Um cavalheiro que gritava com a mãe e chamava a própria noiva de vadia. Pensei. Quanto cavalheirismo.
Sarah estava de pé segurando as mãos em frente ao corpo, tinha a cabeça baixa e um ar melancólico. Seu pretendente a noivo lhe fez uma reverência e beijou-lhe a mão.
- É um prazer finalmente conhecê-la Senhorita Sarah.
Sarah fez uma curta reverencia puxando de leve o vestido vinho e dobrando os joelhos graciosamente.
- Ela está meio assustada, só isso. – falou a Sra. Coppais ao ver o total desinteresse de Sarah.
- Ela não precisa ter medo diante do futuro marido.
- Pretendente a marido, Duquesa. Isso nos vamos decidir hoje. – corrigiu o padre.
- Ah, sim, mas certamente não acharão ninguém melhor do que o meu Deniel.
Para mim, qualquer um seria melhor do que o “Deniel dela”. Pela fresta das telhas nos observamos uma troca de cortesias monótona. Eles se sentaram nas poltronas organizadas em circulo e começaram uma série de galanteios e elogios sobre os futuros noivos. Deniel tem aquilo. Sarah é boa nisso. Etc, etc, etc.
Deniel exibindo um largo sorriso de dentes perfeitamente brancos estava elegantemente sentado numa das poltronas em frente à Sarah encarando-a, às vezes se virando para falar entusiasmadamente com o padre ou a Sra. Coppais quando lhe dirigiam alguma pergunta. Sarah era uma perfeita monossílaba olhando para o chão desinteressada. Assim se passaram 3 horas de reconhecimento dos conjugues e de suas posses. Certa hora a Duquesa bateu as mãos sobre o colo animadoramente falando.
- E então, já podemos marcar o casamento?
- NÃO! – a voz de Sarah gritou assustada surpreendendo todos.
- Não? – indignou-se a Duquesa.
- Ah... Ela só está assustada Duquesa. – tentou intervir a Sra. Coppais e olhou reprovadoramente para Sarah – Ela não sabe o que diz. Com certeza Deniel é o melhor noivo que acharíamos para ela em anos, em centenas de anos.
- Certamente é. – disse friamente a Duquesa com um ar esnobe.
- Eu adoraria me casar logo. – recomeçou Deniel forçando um sorriso.
- Oras... – indagou o padre Fixar – Para que apressar as coisas? Sarah ainda não parece muito segura, não acham? Ela ainda é muito jovem, aposto que ela gostaria de conhecer se noivo um pouco mais antes do casamento. O que acham?
Na falta de solução, todos concordaram a adiar o veredicto. Por esses e outros motivos eu admirava tanto o padre Fixar, ele conseguia dar seu jeito para tudo ficar um pouco mais fácil. Mas haviam conseqüências. Infelizes conseqüências. A duquesa decretou com a concordância do padre que quando Sarah fizesse 15 anos eles teriam que se casar e que até lá ela recebesse visitas constantes de Deniel. E por fim ela e exigiu que todos os meninos teriam que deixar a mansão dos Aêrrok.

Na semana seguinte preparávamos as carroças para partir, essa passou a ser a tarefa matinal de todos. Íamos embora no dia seguinte, ainda não sabíamos para onde, os meninos mais novos iam ficar com Alfie em sua velha casa na vila, alguns mais velhos já tinham passado da hora de ficar sob sua guarda e sairiam para seguir suas próprias vidas dali por diante, nós, eu, Charlie e Thomas íamos ficar um tempo com o padre Fixar com mais uns 3 garotos. Dentro de mais que oito meses, Sarah completaria 15 anos.
Cada um de nós levava alguns objetos para as carroças, algumas roupas, algumas ferramentas, alguma comida, na verdade não tínhamos muito, as carroças serviriam mais para levar o amontoado de garotos menores que não agüentariam uma caminhada tão grande. Sarah nos olhava da janela de seu quarto, com as mãos apoiadas no vidro, estava chorando. Era difícil para todos nós.
À noite, quando todos foram dormir eu, Charlie e dessa vez Thomas também, subimos no telhado. A noite estava agradavelmente fria, o que fazia nossos narizes e maças do rosto ficarem gelados e soltarmos baforadas de vapor quando falávamos, era lua cheia e a paisagem era iluminada por seu brilho azulado, do segundo andar víamos grande parte da floresta, um mar azul escuro com alguns picos mais claros, das árvores mais altas. Lá em cima retiramos as telhas que davam ao quarto de Sarah e a puxamos para cima, ela usava uma camisola branca que parecia reluzir naquela escuridão. Ao nosso lado ela não sorriu como de costume, num ímpeto descontrolado ela começou a chorar baixinho, nós a abraçamos.
- Eu... – começou ela entre soluços – Eu não queria que vocês fossem embora...
- Também não queremos ir Sarah – disse eu e uma faca cruelmente afiada me rasgou sem piedade o peito.
- É. – retrucou inconformado Thomas – Acha que temos escolha?
Sarah sentou-se no telhado e de seus doces olhos azuis ainda escorriam lágrimas. Ela segurou os joelhos em frente ao corpo e começou a balançar para frente e para trás, eu detestei vê-la assim, a menina corajosa e atrevida das minhas tardes naquela casa, a minha melhor amiga, o meu amor secreto, ela estava se desmoronando à minha frente. Sentamos junto a ela, num circulo apertado de calor humano, naquela noite que agora nos parecia horrendamente mais fria do que qualquer outra que tínhamos vivido.
- Eu não quero me casar! – chorou ela e eu a abracei, ela apoiou a cabeça sobre meu peito e ficou ali por um bom tempo soluçando, até que então ela respirou fundo e engoliu o choro. Como se de repente voltasse a ter coragem ela exclamou num tom seco. – Vamos fugir!

8 comentários:

Henrique Alvez disse...

capitulo excelente, a narrativa ta ficando cada vez mais aprimorada e deixando o texto cada vez mewlhor de se ler
XDDD
Como toda boa historia tem q ter aquele personagem que a gente quer que morra né aopsdaosidj esse "noivo" e a mãe dele tão me saindo pior que a encomenda hein, pqp XDDDD
aliás, pena os garotos terem q sair da casa, as partes de comportamento furtivo são minhas favoritas XDDD
ps: Sabiia que ele ia propor isso a ela, no final ;DD

bjs, vizinha, tá ótimo isso aqui

Raphael Trew disse...

Li este capitulo, ficou muito bom, realmente está ficando cada vez melhor.
É torturante ficar uma semana esperando para saber o que vem pela frente.

Desculpa ter demorado para comentar.

até !!!!

Raphael Trew disse...

Cada capitulo está ficando cada vez melhor.
É torturante ficar uma semana sem saber o que vem pela frente.

Desculpa ter demorado para comentar !

até !!!

Tiago disse...

Não li todos os capítulos....e nem este por completo, mas me interessei pela história....vou ler os anteriores e acompanhar.....parabéns pela idéia.....

Cáh disse...

"Estranha escrita"
quando abrimos um blog, antes de ler pensamos" Caraca que porcaria" rs, lendo o teu, dei risada, me confundi, emocionei... foi bacana, especialmente bacana, não 'bacaninha', foi maravilha pura!



Um Beijo!

Anônimo disse...

Primeira vez que leio e realmente é bom :DD

Vou tentar ler tudo..

Bjo ;**

Daniel Silva disse...

já li outros posts e acho a história muito interessante, mas não sei se o blog seria o lugar ideal para publicá-la.

no mais, parabéns pelos textos.

azulimão disse...

*---*
legal pakas rapaz :) parabéns